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domingo, 28 de março de 2010

Quem é o dragão??

Os contos de fada não ensinam às crianças que dragões existem. As crianças já sabem que dragões existem. Os contos de fada mostram às crianças que dragões podem ser derrotados." Chesterton


Nossa criança interior aprendeu essa lição com os contos de fada?
Quais são os dragões que teremos que vencer esta semana??

sábado, 27 de março de 2010

O que queria ISABELA?



Hoje pela manhã deparo-me com o resultado do julgamento dos Nardoni: CONDENADOS. Mas, eles não confessaram e inúmeras outras Isabelas inocentes estão morrendo a cada minuto, apenas, por pertencerem à famílias disfuncionais e emaranhadas em suas histórias doentias.

Um sentimento de dor profunda se instala no meu coração e fico tentando descobrir o amor em cada atitude desesperada dos personagens dessa tragédia.

Em todos nós,sem excessão,coabita um lado positivo e outro negativo da personalidade. Vivendo num mundo de polaridades,nossa consciência interna está separada em julgamentos de valores bons ou maus e assim nos identificamos com um lado e ilusóriamente pensamos que o outro lado está fora ou inexiste.

O que aconteceu com esse pai que não conseguiu honrar essa filha em sua vida e em sua nova família? Essa filha representava uma parte de si próprio e também uma parte da mãe e do amor que a gerou. Será que foi exatamente isso o que ele arremessou pela janela? Será que esse homem precisava interromper a vida que estava levando e sua escolha foi através da destruição de uma parte sua, imaculada e pura, para livrar-se de uma culpa feroz? Se ele tivesse dado um lugar em seu coração pra mãe dessa sua filha, com certeza Isabela estaria VIVA!!!

Segundo Bert Hellinger, psicoterapeuta alemão, os sistemas familiares são regidos por leis ou ordens que se violadas promovem um desequilíbrio no fluxo sadio das relações e dos membros que o compõe. Uma dessas ordens é a da precedência, ela se orienta pelo começo, aquele na hierarquia familiar que chega primeiro tem prioridade. Então, na constituição de um novo casamento, seria importantíssimo, o respeito e reconhecimento à familia anterior.

Parece que a madrasta de Isabela não conseguiu prezar essa lei. Quais seriam as pressões exercidas nessa mulher? O que ela traz de seu próprio sistema familiar? Será que ela também não quis romper com o destino pesado que tinha escolhido ao casar-se com esse homem? Como a sombra e a escuridão do seu ser foi alimentada pra que saísse de forma tão hedionda?

Bert Hellinger afirma de forma contundente que a mãe é quem dá a vida e também é quem leva o filho pra morte.

E a mãe de Isabela? É vítima? Vítima e algoz estão enredados na mesma teia. Quem realmente seria essa filha na vida dela?

Qual a sociedade que esse crime está inserido?
Durkheim define crime como uma ofensa à constituição coletiva e dá-se com mais frequência quando as normas e condutas impostas nesse momento já não são legítimas e se impõe uma alteração para novas regras e leis.

Quero acreditar que nada foi em vão e que toda essa dor possa também ser uma promessa de mudança moral e de uma afirmação da vida. Nenhum de nós pode negar o quanto nossa vida foi tocada por esses acontecimentos e acredito que seria útil perguntar-nos interiormente qual é a nossa participação nisso tudo? O que devo ver aqui como lição nessa minha jornada?

Terminando esse texto e ainda repleta de indagações, me vem a imagem de Isabela talvez num jardim bucólico olhando pra tudo e pra cada um. Agora é capaz de sorrir pois conseguiu retirar-se desse mundo de ilusão, desde muito tempo (mesmo dentro de tão pouca idade)queria partir e não sabia como fazer. Só não esperava que fosse exatamente seu pai quem iria dar a ela a experiência de ser amada incondicionalmente.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Flores de Luz



"Da mesma forma que Deus, em sua misericórdia, nos deu o alimento, também colocou entre as ervas do campo belas flores curativas para quando estivermos doente. Elas estão lá, estendendo a mão aos homens, naquelas horas negras do esquecimento, quando perderam a visão de sua Divindade e permitem que a nuvem do medo ou da dor obscureça ainda mais essa visão." Edward Bach




Dr.Edward Bach,foi um homem simples de alma iluminada que divulgou na década de 30 que as doenças surgem de um desequilíbrio no Eu interior e que as flores ajudam no despertar espiritual e na evolução para a cura. Após lançar-se corajosamente diante de uma medicina ortodoxa, aprimorou seus conhecimentos e a si próprio com o objetivo de trabalhar em função da missão de sua vida: diminuir o sofrimento das pessoas.

Após esse trabalho pioneiro, outras pesquisas surgiram e continuam a surgir com o aparecimento de muitos sistemas florais, como por exemplo os Florais da California, Florais Australianos, Florais de Saint Germain, Florais do Cerrado, Florais de Minas e outros. Somos nós é que ganhamos em saúde, autoconhecimento e paz interior.

domingo, 14 de março de 2010

Viva esse presente!

"Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vosso vestido? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta." Mateus 6:19-34




Parece que ainda vamos levar muito tempo para aprendermos a beber na fonte dessas palavras. Nossa consciência ainda está ancorada na ilusão da separação, estamos desconectados do sagrado da vida e como consequência vivemos numa busca desenfreada para encontrar fora aquilo que faz morada no interior de nosso Ser - a unidade, a luz e o amor.

Adiamos a vida porque estamos sempre algemados ao passado, a tudo que fizemos ou poderíamos ter feito ou então ao futuro, àquilo que ainda temos que realizar para viabilizar a segurança dos próximos caminhos. O maior desafio é viver o presente com todo o prazer que ele nos traz e assim descobrir que a oportunidade que nos encontramos é exatamente a que necessitamos para evoluir.

Acredito que o que impede de estarmos no aqui e agora, de experimentarmos tudo que temos que saborear e sentir e principalmente de escolher participar ativamente da sedução e maravilha de cada dia que surge, é o medo do desconhecido, do imprevisível. Mas nos privando daquilo que foge do nosso controle deixamos de explorar e celebrar a dança da vida com toda a intensidade que ela merece.

E se confiarmos não haverá perdas, apenas mudança. Então mergulhe nessa viagem!!!!

sábado, 13 de março de 2010

Tristeza Permitida - Martha Medeiros

Hoje relí uma mensagem da Martha Medeiros com a linda voz de Charles Aznavour ao fundo...Resolví postar neste sábado que amanheceu chovendo. Amanhã volto melhor...





Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.

Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.

A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.

Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas.

“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.

domingo, 7 de março de 2010

Domingo...

Eu e o computador ainda somos desconhecidos. Vou ser honesta, não tenho muita paciência com essa fantástica máquina (tenho que admitir!), prefiro a vida ao vivo. Mas numa tentativa de atualização, tenho reservado as manhãs de domingo para navegar pela internet e me rendo à infinita gama de facilidades dessa realidade virtual.

Sou ecléctica e curiosa sobre diversos assuntos e me sinto uma aventureira garimpando preciosidades e descobrindo o elixir açucarado que sacia a ânsia de conhecer cada vez mais. E o blog veio como uma necessidade de repartir essas descobertas, já que minha filha que partilhava comigo esses achados está morando na Espanha e com meu filho não dá para dividir assuntos femininos, como por exemplo; os belíssimos sapatos, cheios de glamour da design Sarah Chofakian(www.sarahchofakian.com.br)






Vou declarar mais uma coisinha aqui em confissão: sempre olho para os sapatos das pessoas, acho que eles dizem muito ou tudo sobre a individualidade e a personalidade de quem usa. A escolha de um sapato vem sempre carregada de significados e simbolismos que revelam desejo, prazer ou muitas vezes fixação. Quantas histórias do nosso imaginário usaram e ainda usam os sapatos para revelar uma busca de identidade ou de felicidade.

Mas cá entre nós, se a Dorothy do Mágico de Oz, saisse para sua viagem mágica com um desses belos sapatos , tenho certeza que ela teria fortalecido sua confiança muito mais rápido e quem sabe não escolheria viajar pra outros mundos ao invés de voltar pra casa.

sábado, 6 de março de 2010

Chile - Gracias a la vida!!!

(foto Roberto Candia)

Após a comoção que o terremoto do Haití nos causou, estamos revivendo a dor através do Chile.

Tirando a manipulação de uma mídia que se alimenta de sofrimento, de miséria e de catástrofes para hipnotizar seus seguidores, o mergulho nas notícias e principalmente nas imagens reveladoras provoca uma experiência única de irmandade. Parece que as fronteiras que nos separam são diluídas e percebemos finalmente que somos todos um, irmãos e irmãs nesse planeta em transformação.

A mudança é a única resposta neste processo do qual participamos, e esta mudança vem comprovada científicamente através de Richard Gross, cientista da Nasa. Ele afirma que o terremoto do Chile, de magnitude 8,8 em 27 de fevereiro pode ter deslocado o eixo da Terra em cerca de 8 cm(3 polegadas), o que seria suficiente para reduzir a duração do dia. Não temos a real consciência do que significa esse deslocamento, mas sinto que é uma oportunidade de reescrever a própria vida. De sairmos do limbo que nossa própria espécie arrogante nos impõs e emergir em amadurecimento espiritual, em atitudes amorosas e respeito à vida.

São João da Cruz, um místico cristão, descreve em seus registros uma experiência que vivenciou, a "noite escura da alma", o momento em que saiu da escuridão para a luz.

Acredito que estamos passando, e o Chile também, por esse milagre do renascimento. Um despertar para o novo, a mesma trajetória da semente no solo que necessita morrer para germinar vida. Sei que não é fácil, mas a arte de viver é imprevisível na sua auto-organização. Muitos poderão achar que essa é uma visão poética diante de tantas evidências de destruição, mas confio que esse Planeta Azul se erguerá como uma fênix em direção a um santuário que um dia nós poderemos resgatar da utopia.(Ruth Janiques)

terça-feira, 2 de março de 2010

Escolhas...

"Sempre fazemos todas as escolhas para nossas vidas, tanto as boas como as más escolhas. Na verdade,ambas têm um mesmo objetivo e levam ao mesmo lugar. Em direção à expansão, ao aprendizado e ao crescimento." C. Torres e S. Zanquim







É hora de escolhermos e sustentarmos o bom,a beleza,a suavidade e o prazer em nossas vidas. Deixarmos o que é do passado no passado e ampliarmos nossa consciência em direção a um novo olhar para a existência e descobrir o sagrado de cada etapa do viver. Honrar e agradecer por cada experiência!!
(Ruth Janiques)